O Espírito Santo é um pequeno estado que representa 0,5% da área territorial brasileira e cerca de 1,9% da população, mas vem se destacando no cenário nacional pela estabilidade econômica e política de incentivos e benefícios, atraindo investidores de diversas regiões do país e do exterior.
O estado tem sua economia centrada em quatro grandes setores:
1. Petróleo e gás, sendo o 3º maior produtor do país;
2. Mineração, com o maior parque produtor de pelotas de minério de ferro do mundo;
3. Siderurgia, o 3º maior produtor brasileiro, reconhecido pela competitividade de seus produtos;
4. Celulose, classificado em 5º lugar no cenário nacional.
No período de 2017 a 2022 tivemos uma queda acentuada na produção de petróleo e gás, passando de 142 milhões para 47 milhões barris, ou seja, 67% devido ao envelhecimento dos poços sem novos investimentos.
Paralelamente, a produção de pelotas caiu de 31 milhões, em 2017, para cerca de 15 milhões de toneladas, em 2022, ou seja, 52% decorrente da paralização de diversas unidades produtivas na Vale e Samarco, por falta de minério de ferro, ocasionado pelos acidentes nas minas de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.
Esses fatos causaram uma queda no PIB (produto interno bruto) do estado. Antevendo essa possibilidade e com base em experiências conhecidas em outros países, em especial o caso da “doença holandesa”, o estado procurou diversificar sua economia, atraindo novas empresas para o setor produtivo, apoiando as aqui instaladas, fortalecendo os setores de serviços e comércio, destacando empresas de logística, aproveitando a excelente localização do estado. Além disso, criou o Fundo Soberano ES – FUNSES visando garantir gestão responsável para as receitas provenientes da exploração do petróleo e gás.
Fruto desse trabalho, no mesmo período, foram gerados no estado 134 mil postos de trabalho, representando um aumento de 20% de novos empregos com carteira assinada. As empresas locais se modernizaram e capacitaram tendo, atualmente, aproximadamente 58% de suas receitas provenientes de vendas para outros estados e exportação.
As expectativas para os próximos anos são boas. A Vale está em fase final de montagem de duas unidades para produção de briquete verde, nova tecnologia de agregação de valor ao minério de ferro. A Samarco deve voltar com as unidades de pelotização. A ArcelorMittal Tubarão deve instalar o LTF – Laminador de Tias a Frio, na Serra, enobrecendo sua linha de produtos que facilitará a atração para o estado de fabricantes da linha branca (geladeira, fogão, entre outros).
Soma-se a isso o investimento da Petrobras em uma plataforma FPSO (IPB Maria Quitéria), em 2024, que deve produzir mais de 30 milhões de barris por ano. Deve-se acrescentar, também, a entrada de novos operadores de petróleo e gás no estado. São empresas tradicionais que adquiriram ativos, devendo fazer investimentos para ampliar a produção nos campos em terra e no mar.
Esse bom resultado alcançado é fruto de um trabalho conjunto do governo e iniciativa privada, fazendo do estado do Espírito Santo “O PEQUENO NOTÁVEL”, local bom para viver, trabalhar e fazer negócios.